Outra vida
Há muitas fases difíceis pelas quais passamos neste ‘processo’.
Talvez uma das mais difíceis seja quando percebemos que a vida continua.
A vida continua. A vida continua.
E essa frase, por mais que bata na nossa cabeça, continua a ser uma faca que se espeta no estomago.
Que iria continuar já sabíamos, mas não desta maneira. Mas não desta maneira.
E que maneira é esta? Não sei dizer.
Esta maneira que nos faz sentir como se tivesse sido uma outra vida.
Passou tão pouco tempo e já parece outra vida. E como será então daqui a uns anos?
Mas por outro lado, sinto que está certo. O Tomé estará a caminho de uma outra vida.
E não estará certo prendê-lo a esta vida.
Porque efectivamente futuramente ou talvez até presentemente terá sido noutra vida.
Uma vez que ele está a seguir o seu caminho para uma outra vida.
Não é portanto uma outra vida nossa mas talvez uma outra vida dele.
E daí estar talvez certo sentirmos que foi numa outra vida. Não nossa, mas dele.
E isso é o deixarmos ir. Deixarmo-lo ir e seguir o seu caminho talvez para uma outra vida.
Talvez este texto esteja confuso mas, se estiver, está certo.
Porque sou eu que o escrevo e também eu estou confusa.
Bianca
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