Normalmente trazem algo que tem a ver com o que eu também estou a trabalhar em mim.
E o que traz esta pessoa? É óbvio, um luto. Um luto antigo.
E sei que me vai ajudar, já ajudou.
Sou sempre muito mais sábia com os outros do que comigo própria, é claro.
E ouvir-me a dizer-lhe o eu preciso de ouvir ajuda.
Todos os dias duvido de mim própria, e todos os dias volto a acreditar.
Quando saio à rua, encontro pessoas que talvez saibam, talvez não.. a senhora do café, o senhor da papelaria, a vizinha, dou por mim a ter medo de estar demasiado calma, demasiado alegre, sei que não correspondo ás expetativas e que isso deixa as pessoas baralhadas, às vezes até assustadas, e acreditem, às vezes zangadas.
Eu compreendo, até eu estou baralhada. É difícil, dizer estou bem e ver a incredulidade nos olhos do outro. Ver os fantasmas e os medos que cada um carrega.
E daí tem sido cada vez mais claro que atitudes me dão energia e quais as que tiram.
Fico feliz por ter à minha volta tantas pessoas que me aquecem o coração.
Que sabem como me fazer feliz.
São antidoto suficente.
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